1- Veja em sua mente a
situação que tanto o incomodava. Projete-a como se fosse um filme. Não fique
transtornado com isso, apenas assista uma vez registrando tudo o que aconteceu.
2- Transforme a experiência
num desenho animado. Acomode-se em sua cadeira, com um sorriso largo e tolo,
respire fundo, e projete a imagem de trás para frente, o mais depressa que
puder, vendo tudo acontecer ao inverso. Se alguém disse alguma coisa, observe-o
engolindo as próprias palavras! Deixe o filme correr para trás bem depressa,
depois o projete para frente ainda mais depressa. Mude agora as cores das
imagens, a fim de que os rostos de todos tenham as cores do arco-íris. Se há
alguém em particular que transtorne, faça com que suas orelhas se tornem
enormes, como as de Mickey Mouse, e que seu nariz cresça como o do Pinóquio.
Faça isso pelo menos uma dúzia de vezes, para frente e para trás, para os
lados, riscando o registro das imagens com tremenda velocidade e humor. Crie
alguma música em sua mente ao fazer isso. Pode ser a sua música predileta, ou
alguma melodia típica de desenho animado. Vincule esses sons estranhos à imagem
antiga que tanto transtornava. Isso vai com certeza mudar as sensações. A chave
de todo o processo é a velocidade com que você faz o filme voltar, e o nível de
humor e exagero que consegue associar.
3- Pense agora
na situação que o incomodava, e verifique como se sente agora. Se for feito com
eficácia, você terá rompido o padrão tantas vezes, e com tanta facilidade, que
achará difícil, ou mesmo impossível, retornar a esses sentimentos negativos.
Isso pode ser feito com coisas que o vêm incomodando há anos. É com frequência
um método muito mais eficaz do que tentar analisar as razões de uma situação, o
que não muda as sensações que você vincula à situação.
Por mais simplista que possa parecer, a distorção eficaz de situação funcionará
na maioria dos casos, mesmo quando há um trauma envolvido. Por que funciona?
Porque todos os nossos sentimentos estão baseados nas imagens que focalizamos
na mente, e nos sons e sensações que vinculamos a essas imagens específicas. À
medida que mudamos as imagens e sons, mudamos como nos sentimos a respeito.
Efetuando-se esse
condicionamento várias vezes, fica difícil voltar ao padrão antigo.
(Anthony
Robbins do livro “Desperte o gigante interior”)